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Como ser um RH que antecipa tendências e demandas?

Existe uma competência muito conhecida no meio de RH, que é antecipar tendências e demandas. Contudo, isso nunca foi necessariamente algo fácil de se fazer, ainda mais com a velocidade e a constância com que as coisas mudam no mundo de hoje.

Nesse cenário, a gente se depara com as seguintes perguntas: Como desenvolver essa competência e, efetivamente, gerar valor? Como antecipar-se ao que já mudou? Como fazer tudo isso sem gerar um quadro de ansiedade? Sem sofrer de burnout?

É legítimo que um profissional de RH queira realizar seu potencial intraempreendedor e inovador, afinal, só ficar ouvindo falar de inovação e virar um expert em teoria é muito cansativo. O que queremos, mesmo, é inovar na prática.

Para isso, o primeiro passo provável é procurar um ferramental para dominar esse processo de inovação. Talvez, o mais conhecido deles seja a metodologia do Design Thinking. Eu mesma dei esse passo quando voltei da minha imersão no Vale do Silício. Busquei um parceiro de service design para mudar a forma como conduzimos os projetos para a consultoria – isso foi no ano de 2015. Contudo, na prática eu vejo muitas iniciativas frustradas. Às vezes esse profissional de RH promove sessões de design, espalha centenas de Post-its pelas paredes do escritório, ou no Miro, que é o painel virtual, e depois dos workshops e das reuniões o resultado não aparece.

Muitas vezes, apesar da interação agradável e divertida com os colegas de trabalho no workshop, o protótipo feito não evolui e todos os esforços são perdidos, levando até à descrença em métodos como esse. Essa situação gera a seguinte reflexão: será que eu sou tão capaz, criativo e inovador como os profissionais de outras áreas? Criar coisas novas e de alto impacto não deveria ser privilégio de empreendedores ou de pessoas da área de produtos. É justo que profissionais de RH também tenham essa experiência e realização. Muitas vezes, a gente chega até a considerar duas situações:

Será que eu sigo fazendo esse “jogo do contente” e continuo promovendo essas sessões que se esvaziam com o tempo só para gerar movimento e aparentar que estou atualizado em relação ao mercado? Ou eu penso em ferramentas adicionais que ampliam possibilidades e entendo como evoluir para os níveis seguintes do design, que extrapolam os workshops, para que aqueles protótipos iniciais possam realmente vir a ser MVPs inovadores e que entregam valor na vida real?

Como eu tenho certeza de que você vai escolher a segunda alternativa, quero trazer uma breve visão sobre essa criação de cenários e de futuros desejáveis, para que essa seja a motivação que faltava para levar você a uma entrega muito mais prazerosa.

Uma combinação da qual eu gosto muito é misturar futurismo com design, mas de uma forma que realmente traga resultados, usando uma ferramenta chamada Cone do Futuro. A melhor forma de explicar o Cone do Futuro é usar a conhecida frase de Thomas Frey:

“O jeito que você imagina o futuro muda suas ações no tempo presente. Portanto, não é apenas o presente que constrói o futuro. O futuro também constrói o presente.”

Essa ferramenta faz com que as pessoas pensem no futuro de uma forma estruturada. A principal contribuição do Cone do Futuro para um projeto é que reforçar que há mais de um futuro possível e ajudar as pessoas a pensar em cada um deles. Nessa ferramenta, trabalhamos com quatro futuros:

  1. Futuros prováveis: são futuros que extrapolam o presente e têm uma alta possibilidade de ocorrer, pois seguem as tendências atuais. Eles são como o presente aumentado com base em probabilidades. Um exemplo seria prever o tamanho da economia;
  2. Futuros plausíveis: são ramificações do entendimento atual das leis da física, dos processos e da causalidade dos sistemas de interação humana. Um exemplo seria pensar em um transporte aéreo pessoal, pois isso é plausível, mas ainda não é algo estabelecido;
  3. Futuros possíveis: esses futuros envolvem conhecimentos científicos que ainda não existem, como, por exemplo, a viagem pela dobra espacial proposta em Star Trek, a qual requer alterações nas atuais leis da física para que possa existir;
  4. Futuros desejáveis: são futuros desejáveis e com motivações fortemente emocionais. Um exemplo seria um futuro em que você se desloca para o trabalho usando skates voadores em vez de usar o metrô.

O Cone do Futuro permite extrapolar o imediatismo e o foco excessivo no presente. Com ele, você pode pensar em possibilidades e, a partir das visões formadas, construir o futuro desejado para a sua organização ou para o seu RH. Na Salt, por exemplo, usamos essa ferramenta para extrapolar cenários e construir futuros inovadores que possibilitem a criação de soluções para os projetos que coloquem nossos clientes na vanguarda.

A partir do momento em que você dominar essas ferramentas aplicáveis que, de fato, ajudam com o framework para pensar e se antecipar às tendências, você será capaz de realizar seu potencial empreendedor e inovador na empresa em que você está agora mesmo.

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