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A cultura organizacional é habilitadora ou detratora dos resultados de uma empresa, transformando o ambiente, elevando a produtividade, melhorando o posicionamento, fomentando a inovação, entre várias outras vantagens quando bem gerida.
O grande problema é que muitas empresas apenas supõem que têm uma cultura forte e enraizada, mas não utilizam ferramentas para medir e confirmar tal informação. Logo, não enxergam as fragilidades e se tornam incapazes de corrigi-las – afinal, como resolver um problema que não se conhece?
Por isso, tão importante quanto ter ações de fortalecimento da cultura organizacional é medi-la periodicamente, propiciando, quando necessário, ações corretivas.
Como Medir a Cultura Organizacional?
Antes de falarmos sobre como medir, precisamos relembrar o que, de fato, significa cultura organizacional.
Trata-se do conjunto de valores, rituais, comportamentos e símbolos adotados por uma empresa, reafirmando seu posicionamento frente ao mercado, seus colaboradores, parceiros e também a concorrência.
A cultura é, portanto, uma declaração e prática sobre o que a empresa acredita e de como deseja ser vista por todos os seus stakeholders.
Qualquer diferença entre o desejado e a realidade pode impactar seu posicionamento, por isso a importância de medí-la. Somente assim se pode ter real consciência sobre a distância entre onde se está hoje e onde se pretende chegar.
5 KPIs de Cultura Que Devem Ser Considerados
Um erro comum das empresas e líderes é acreditar que KPIs servem apenas para medir a performance e resultados tangíveis – aqueles que podem ser observados por meio de números.
A verdade é que cultura organizacional não só pode, como deve ser medida periodicamente e existem pelo menos 5 indicadores fundamentais que toda empresa deveria conhecer e usar para medir a cultura organizacional e o engajamento dos colaboradores. São eles:
Índice de satisfação dos colaboradores: pode ser obtido por meio de pesquisas simples onde os funcionários apontam se estão muito satisfeitos, satisfeitos, insatisfeitos, muito insatisfeitos ou neutros com relação à empresa e à liderança.
Employee Net Promoter Score (eNPS): auxilia na medição do índice de engajamento dos colaboradores à empresa, considerando a possibilidade de eles indicarem a mesma para sua rede de contatos.
Transferências internas: avaliando a proporção entre o total de colaboradores e o total de movimentações laterais/promoções, pode-se medir a cultura de oportunidades e sua adesão.
Pulse check de cultura: funciona como um check-up periódico e frequente (semanal ou quinzenal, por exemplo) para avaliar questões específicas que colaboram para uma visão mais completa do todo. Para isso, utilizamos poucas perguntas direcionadas, claras e objetivas o suficiente para identificar e decodificar com rapidez os problemas, possibilitando ações assertivas.
Análise multifatorial da cultura: tendo em vista que a cultura não é feita de uma única coisa, mas de um conjunto de fatores, a última instância dessa análise deve ser também multifatorial, levando em conta a inovação, a percepção e o nível de confiança sobre a liderança, a integração da equipe, entre outras questões.
Sobre este último tópico, a GPTW nos dá uma boa base de quais critérios avaliar, quando consideramos os que eles utilizam no ranking anual de Melhores Empresas Para Trabalhar. Nessa análise, o GPTW trabalha 5 dimensões de liderança e 9 práticas culturais, mas este é um assunto rico e denso, que merece um artigo só para ele.
A soma desses KPIs é a sua melhor ferramenta para avaliar e consolidar a cultura da empresa, identificando exatamente os pontos falhos e definindo estratégias assertivas para aprimorar os resultados.
Além disso, medir periódica e regularmente a cultura faz com que seus colaboradores se sintam ouvidos e respeitados como seres individuais, cujo bem-estar e satisfação são importantes. Naturalmente, isso soma mais pontos à cultura.
Qual foi a última vez que a cultura foi medida na sua empresa?