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É comum associarmos o termo RH ágil à gestão de pessoas, com práticas que facilitam e otimizam processos inerentes a área. Mas sua aplicabilidade vai muito além.
Falei sobre isso em um post recente no meu Instagram (se ainda não segue, é o @laurawidal). As bases do que hoje conhecemos como RH ágil foram inspiradas em um manifesto criado por desenvolvedores de software em Utah, no ano de 2001.
Ainda que esta não fosse a intenção inicial, o manifesto acabou sendo adotado por várias áreas, dentre elas o RH que, entre seus tantos papéis, também desempenha essencial função na gestão de projetos.
Gestão de Projetos e a Chave Para os Resultados
Ainda que o termo tenha se popularizado nas últimas décadas, a gestão de projetos está longe de ser algo novo.
Sem ela, dificilmente teríamos monumentos como as Pirâmides de Gizé e as Muralhas da China, ambas construídas antes de Cristo, em um período onde não havia tecnologia e a principal ferramenta era a habilidade humana.
A grande diferença atualmente é a forma como os projetos são entregues em um mundo VUCA, pois o nível de imprevisibilidade e volatilidade de contexto e variáveis são tão grandes, que muitas vezes é melhor adotar metodologias ágeis para fazer as entregas.
Metodologia Ágil na Gestão de Projetos
No manifesto do RH ágil, o trabalho colaborativo está acima de qualquer hierarquia, assim como a transparência deve ser valorizada tanto internamente quanto externamente.
Defendemos a existência de processos flexíveis, capazes de se adaptar às diferentes demandas, exigências e projetos. Processos que apenas enrijecem o dia a dia devem ser repensados ou mesmo eliminados.
No RH ágil a liderança exerce um papel muito mais inspirador e comprometido com os resultados, atuando como um parceiro e não um chefe (conceito há muito ultrapassado).
Essa inspiração, no entanto, não deve ser maior do que aquela cultivada individualmente.
Mais importante do que motivações extrínsecas são as intrínsecas, onde cada pessoa é capaz de manter-se focada, engajada e comprometida com os resultados, sem necessitar ser impulsionado pelo líder.
Por fim, a ambição de cada pessoa é o que move o RH ágil, acima de qualquer tipo de obrigação ou mesmo controle.
Esse RH ágil pode estar estruturado com uma ou mais squads, eventualmente focadas em uma parte da “cadeia de valor” ou jornada do colaborador na empresa. Diga-se de passagem, esse “colaborador” representa desde candidatos, colaboradores, prestadores de serviço, e comunidade alumni, por exemplo.
Há também a possibilidade do RH Ágil atuar “sob demanda” , ou seja, times multidisciplinares serem estruturados para projetos específicos, cuja atuação pode ser desde a etapa de discovery, pesquisa com usuários, design sprints, evolução de protótipo e implementação da solução, até que passem o bastão para a área que fará a sustentação e melhorias naquele produto dali para frente.
Quando posto em prática, tudo isso converge para uma única coisa: aderência das soluções aos problemas reais das pessoas. Algo fundamental e indispensável a qualquer projeto, principalmente aqueles que se propõem a agilidade.