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Há dois anos #diversidadeeinclusao eram a prioridade número um das empresas. Hoje não mais; depois de um dos períodos mais desafiadores da nova economia, é a #saudemental que figura no topo do ranking de urgências a serem trabalhadas.
E não é para menos. Historicamente, transtornos mentais estão entre as principais causas de afastamento do trabalho e isso se intensificou com a pandemia.
Um levantamento encomendado pelo Fórum Econômico Mundial, feito com mais de 21 mil pessoas em 30 países, mostrou que 53% dos brasileiros consideram que sua saúde emocional e mental piorou desde o início da pandemia. Apenas 4 países têm índices maiores: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).
Por outro lado, a Global Learner Survey, pesquisa desenvolvida pela Pearson, realizada com mais de mil brasileiros (8.170 a nível global), mostrou que 71% acreditam que as empresas deveriam ter programas de saúde mental.
Mas o Que é Saúde Mental?
Ao contrário do que muitos podem pensar, saúde mental não é estar sempre feliz, satisfeito e grato pelo que se tem. Pelo contrário.
Pessoas mentalmente saudáveis acolhem, validam e entendem seus sentimentos e emoções, aceitando que as adversidades e os fracassos fazem parte de toda trajetória de crescimento e lidando com isso de maneira positiva, sem comprometer a si, aos outros ou às suas atividades.
Para a OMS, a saúde mental refere-se a “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de dar uma contribuição para sua comunidade“.
Percebe-se, portanto, que o trabalho faz parte da própria definição de saúde mental, o que nos faz refletir, como o RH pode colaborar na construção de uma #cultura de bem-estar?
Cultura de Saúde Mental e Bem-Estar: O Papel do RH
Recentemente, fiz um post no meu Instagram falando sobre a relação entre a Beyoncé e o #futurodotrabalho. E a resposta está em um dos seus lançamentos mais recentes, o hit “Break My Soul”, que retrata o movimento da Grande Resignação (The Big Quit, em inglês).
Se você gosta de temas relacionados ao futuro do trabalho, recomendo que leia o post e me conte depois o que achou.
Mas voltando ao tópico, o RH é essencial ao criar e cultivar uma cultura de bem-estar, ou seja, uma #culturaorganizacional que prioriza e oferece suporte para que seus funcionários possam ter saúde mental, equilibrando seus diferentes papéis dentro e fora da empresa.
Fazemos isso quando medimos o nível de bem-estar atual e o quão comprometida a empresa está hoje com a saúde mental de todos, para começar.
Para isso, invista em pesquisas que vão das mais abrangentes às mais específicas, buscando compreender qual é a relação entre líderes, liderados e pares, pesquisa de clima, dados sobre afastamentos, turnover e absenteísmo, além de pesquisas como o DASS-21 que mede o índice de depressão, ansiedade e estresse no trabalho.
O segundo passo é fazer do ambiente de #trabalho um local seguro, para que as pessoas se sintam acolhidas e amparadas, por meio de uma liderança que escuta ativamente, compreende, mostra empatia e se mantém presente na solução do problema.
É importante dizer que quando falamos que esse é um dos papéis do RH, não significa que a área será a grande responsável por ouvir, acolher e aconselhar seus colaboradores.
O verdadeiro papel do RH é conscientizar toda a #liderança, da baixa à alta, sobre a importância de uma cultura de bem-estar e saúde mental, fornecendo ferramentas práticas para isso.
O RH também atua contra os extremos de saúde mental quando elabora com clareza a descrição dos cargos e, principalmente, deixa clara a importância de cada pessoa e cada pequena tarefa para o todo, além de oferecer oportunidades reais, justas e equitativas de crescimento.
A #saudefinanceira dos colaboradores também é importante para a saúde mental, por isso, também é importante elaborar planos de remuneração, benefícios e carreiras que sejam adequados às expectativas e a realidade de cada colaborador.